Nao esqueço quando tu me esperavas quando vinha de madrugada e me dizias - Olá meu filho! Nao me esqueço quando me contavas as tuas historias, enquanto tomavamos um chá na sala e me explicavas o que se passava na novela da tarde, como se fosse a única coisa que te importasse na vida. Nunca me censuraste, e contigo sempre pude contar porque realmente escutavas o que queria dizer, sem ter que me justificar em detalhes. Aceitavas sempre a minha juventude irreverente, e adoravas mimar os teus netos com a melhor comida do mundo. E o que te fazia feliz, era que estivessemos por aí na tua casinha, de vez em quando pedias uma friccçao ou que fossemos à rua fazer algum recado. Aos domingo de manha, quando estavas connosco, pedias para ver a missinha e à tarde perguntavas se te levava a casa. E a vida para ti era simples, porque nunca tivesta nada mais que a tua familia. Guardo sempre na memória o calor da amizade que me davas quando tinha medo de dormir. E lembro-me sempre de ti, sempre que estou feliz e sempre que saudade doí. As carícias que me deste, o amor que concedeste, deixou em mim a tua marca. És parte de mim e eu sou um pouco de ti.
Para sempre...
A minha Avó Maria
"...Costuma-se até dizer que não há cegueiras, mas cegos, quando a experiência dos tempos não tem feito outra coisa que dizer-nos que não há cegos, mas cegueiras..." José Saramago
20 de febrero de 2010
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