Saga Marroqui
Dia II
O dia amanheceu muito mais cedo do que estávamos habituados. A noite anterior foi muito tranquila porque estávamos derrotados do primeiro dia de viagem e dormimos como dois bebés. Tomámos um pequeño almoço relativamente gostosao e despedimo-nos do nosso anfitriao Hamid um pouco desconfiados porque ele insitia na viagem ao deserto e no seu amigo de Ouarzazate. Seguimos para essa pequena cidade que fica apenas a 30km e sem intençao de busca, encontrámos um estudio de cinema que pertence ao Produtor de cinema italiano Dino de Laurentiis (pai de Hannibal Lecter). Neste estudio foram filmados e trabalhados filmes como: Lawrence of Arabia, Tea in Sahara, Black Hawk Down, Kundum, Gladiator, Cleopatra, The Mummy I e II, Alexander the Great, Kingdom of Heaven, Sahara, Troy, Hidalgo e mais recentemente Babel. Dentro dos pavilhoes existe uma pequena exposiçao dos adressos originais utilizados nalguns destes filmes, nomeadamente Gladiator e Cleopatra.
Finalmente entrámos en Ouarzazate. Por casualidade estacionamos em frente da Loja de viagens da familia Azizi e sem intençao de negociar nenhuma volta pelo deserto quando estávamos a mais de 250km do Sahara, tivémos a coincidencia de nos cruzar com o tal Moustapha que estava à “coca” a ver se via “la voiture petit avec les touristes du portugal”. Tive que negociar com o amigo do Hamid, o que à partida nao tinha muita conversa nao ia pagar muito dinheiro pela viagem no deserto. Consegui por 750DH para os dois uma noite no Sahara com Jantar, Pequeno almoço, dormida e viagem de Camelo e guarda bagagem na estancia. Como tinhamos que estar lá pelas 16h00 apressámo-nos e fizémos a viagem directa até ao deserto, sem parar pelo caminho. Bem de verdade parámos apenas para comprar turbantes numa terra com um nome que nem me lembro em que e o senhor da loja muito simpático e de seu nome também Moustapha, disse-me para quando voltasse do deserto que trocaria jóias e artigos do seu negócio por medicamentos, Wishky, ou mesmo roupa. O certo é que nao o voltei a ver, acabei por trazer toda a roupa que tinha levado para trocar de volta a BCN, e a garrafa de Wishky ficou no deserto…
Chegámos ao Oasis onde estava a estância turística a uns 4km de M’hamid por volta das 16h00. Encontrámos alguns turistas e fomos recebidos pelo local’s entre os quais um tal Yoseph que nos guardou as malas e nos serviu um chá de menta enquanto preparavam os camelos que nos levariam ao Sahara. Conversa puxa conversa e descobri que eles tinham um certo agrado pela música, o que resultou num intercâmbio musical. Eu com a minha costeleta brasileira, nao pude deixar de tocar uns sambas e com agrado escutámos alguns temas bérberes alguns tocados com uma espécie de guitarra local feita de madeira e pele, com três cordas, sem projecçao de som e muito engraçada.
Já ao final da tarde avisaram que os camelos estavam prontos e tudo em ordem para partir para o deserto.
O nosso guia era um negro bérbere de seu nome Faraji, que durante todo o caminho quase nao falou, nem conosco nem com os camelos.
O meu camelo era um pouco mais jovem que o camelo da Nice, digo isto pelo aspecto que tinha e porque era muito refilao e durante todo o caminho nao parou de emitir gruñidos, ou entao porque se queria queixar da besta de 91kg (diga-se eu) que lhe puseram em cima…
Estar no deserto para mim é algo inexplicavel. Em primeiro lugar as cores que se geram e as texturas que se vêem com os diferentes ángulos do sol sobre as dunas, para nao falar na suavidade da areia e nas brisas quentes que voam sobre nós. Em segundo porque é algo muito exótico por todos os elementos circundantes que nos abraçam.
Depois de 1h30 de viagem chegámos ao acampamento. O pôr do sol já se tinha consumado e foi bem apreciado de cima dos camelos. Foi tao bem apreciado que na manha seguinte nao tinhamos bateria nas máquinas fotográficas… O Faraji ajudou-nos a baixar dos camelos e indicou-nos a nossa tenda sem porta e feita de um pano muito grosso e castanho escuro com chao de areira, era uma tenda muito Alibábá e 40 ladroes.
Nao tardou a ficar escuro e fomos para dentro ajudar o Faraji a prepara um tagine de oblea. Eu como bom ayudante que sou descasquei batatas, censuras, cebolas e o Faraji ia-me ensinando a receita numa linguagem francesa ainda pior que a minha e a Nice ia escrevendo a receita nos seu apontamentos. Devo dizer que foi o melhor Tagine que comi em Marrocos, bem regado com água mineral natural da garrafa de 1,5L que tinhamos e batido com melao e uvas.
Ao sair da tenda que servia de cozinha, depáramo-nos com outra recordaçao memoravel do Sahara – O Céu. É simplesmente inexplicable a imagen que vi, deitado na areia a fumar um cigarro com a minha menina abraçada a mim.
Por fim o sono tomou conta de nós e fomos para a nossa tenda. Nunca tinha apreciado igual tranquilidade, senti nessa noite o magnetismo que tanto havia escutado de África, um magnetismo que nos prende de verdade, uma calma inesquécivel…
Finalmente entrámos en Ouarzazate. Por casualidade estacionamos em frente da Loja de viagens da familia Azizi e sem intençao de negociar nenhuma volta pelo deserto quando estávamos a mais de 250km do Sahara, tivémos a coincidencia de nos cruzar com o tal Moustapha que estava à “coca” a ver se via “la voiture petit avec les touristes du portugal”. Tive que negociar com o amigo do Hamid, o que à partida nao tinha muita conversa nao ia pagar muito dinheiro pela viagem no deserto. Consegui por 750DH para os dois uma noite no Sahara com Jantar, Pequeno almoço, dormida e viagem de Camelo e guarda bagagem na estancia. Como tinhamos que estar lá pelas 16h00 apressámo-nos e fizémos a viagem directa até ao deserto, sem parar pelo caminho. Bem de verdade parámos apenas para comprar turbantes numa terra com um nome que nem me lembro em que e o senhor da loja muito simpático e de seu nome também Moustapha, disse-me para quando voltasse do deserto que trocaria jóias e artigos do seu negócio por medicamentos, Wishky, ou mesmo roupa. O certo é que nao o voltei a ver, acabei por trazer toda a roupa que tinha levado para trocar de volta a BCN, e a garrafa de Wishky ficou no deserto…
Chegámos ao Oasis onde estava a estância turística a uns 4km de M’hamid por volta das 16h00. Encontrámos alguns turistas e fomos recebidos pelo local’s entre os quais um tal Yoseph que nos guardou as malas e nos serviu um chá de menta enquanto preparavam os camelos que nos levariam ao Sahara. Conversa puxa conversa e descobri que eles tinham um certo agrado pela música, o que resultou num intercâmbio musical. Eu com a minha costeleta brasileira, nao pude deixar de tocar uns sambas e com agrado escutámos alguns temas bérberes alguns tocados com uma espécie de guitarra local feita de madeira e pele, com três cordas, sem projecçao de som e muito engraçada.
Já ao final da tarde avisaram que os camelos estavam prontos e tudo em ordem para partir para o deserto.
O nosso guia era um negro bérbere de seu nome Faraji, que durante todo o caminho quase nao falou, nem conosco nem com os camelos.
O meu camelo era um pouco mais jovem que o camelo da Nice, digo isto pelo aspecto que tinha e porque era muito refilao e durante todo o caminho nao parou de emitir gruñidos, ou entao porque se queria queixar da besta de 91kg (diga-se eu) que lhe puseram em cima…
Estar no deserto para mim é algo inexplicavel. Em primeiro lugar as cores que se geram e as texturas que se vêem com os diferentes ángulos do sol sobre as dunas, para nao falar na suavidade da areia e nas brisas quentes que voam sobre nós. Em segundo porque é algo muito exótico por todos os elementos circundantes que nos abraçam.
Depois de 1h30 de viagem chegámos ao acampamento. O pôr do sol já se tinha consumado e foi bem apreciado de cima dos camelos. Foi tao bem apreciado que na manha seguinte nao tinhamos bateria nas máquinas fotográficas… O Faraji ajudou-nos a baixar dos camelos e indicou-nos a nossa tenda sem porta e feita de um pano muito grosso e castanho escuro com chao de areira, era uma tenda muito Alibábá e 40 ladroes.
Nao tardou a ficar escuro e fomos para dentro ajudar o Faraji a prepara um tagine de oblea. Eu como bom ayudante que sou descasquei batatas, censuras, cebolas e o Faraji ia-me ensinando a receita numa linguagem francesa ainda pior que a minha e a Nice ia escrevendo a receita nos seu apontamentos. Devo dizer que foi o melhor Tagine que comi em Marrocos, bem regado com água mineral natural da garrafa de 1,5L que tinhamos e batido com melao e uvas.
Ao sair da tenda que servia de cozinha, depáramo-nos com outra recordaçao memoravel do Sahara – O Céu. É simplesmente inexplicable a imagen que vi, deitado na areia a fumar um cigarro com a minha menina abraçada a mim.
Por fim o sono tomou conta de nós e fomos para a nossa tenda. Nunca tinha apreciado igual tranquilidade, senti nessa noite o magnetismo que tanto havia escutado de África, um magnetismo que nos prende de verdade, uma calma inesquécivel…
2 comentarios:
Tambem adorei o deserto qd ai estive. Tb n eramos para ir e tinhamos pouco dinheiro mas acabou por ser das melhores coisas q fizemos! Mas tb ao fim de uma semana dos marroquinos sp a tentar enganar ja temos medo qd nos proe alguma coisa...
A unica diferença é q dormimos ao relento, durante a noite acordei com frio mas de manha n me aguentava com o calor!!!
Que rico el te de menta..!!Lch
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